HAPPY DOG - HAPPY CAT

Um dia, largaram as correntes, abriram as suas asas, e voaram.... para um novo Mundo, para uma nova Vida... Que sejam agora felizes, que o tempo apague depressinha as memórias dos canis e da rua, onde um dia foram abandonados à sua triste sorte.

Sunday, July 16, 2006

Eléctrica (Trica) - Trica


A história da linda Trica, começa em Março de 2005 (ou talvez antes), quando foi abandonada no Canil Municipal de Lisboa. Uma cadelinha ainda tão novinha, tão meiga, tão doce, assim abandonada PORQUÊ? Perguntas que nos fazemos tantas vezes, sem respostas.... à Trica e a tantos, tantos outros animais....
Eu fui a uma Campanha de Adopção da SOS Animal e foi lá que conheci a Trica. Brincalhona, sempre a correr, feliz porque estava fora do canil, com uma sede enorme de Liberdade, só queria mimos e meiguices, e também ela nos retornava todo esse carinho, impossível de esquecer. Dei-lhe o nome de Eléctrica, Trica para os amigos. Passei uma tarde inteira com a Trica, passeios para cá e para lá por todo aquele espaço lindissimo que é a Casa da Guia. Ao fim do dia, já a escurecer, dei-me conta de que a Trica não tinha sido adoptada e o meu coração começou a disparar. Tão distraída que eu estava com ela, que quando me vieram chamar, com a pesada coleira e trela na mão, agarrei-me à Trica num pranto tão grande e profundo, e entre lágrimas, prometi-lhe que ia fazer tudo para que ela fosse adoptada e saisse daquele sítio. A Trica, lambeu-me as lágrimas, lavou-me a cara, e teve de ir, resignada. Eu fiquei, triste e com o coração despedaçado.
Imediatamente tratei de fazer um apelo de adopção para a Trica, que dizia assim:
"Olá amiguinhos, eu sou a Eléctrica (Trica), e estou no Canil Municipal de Lisboa. Sou uma menina muito meiga, muito doce e como uma grande vontade de viver. Sou ainda novinha (tenho cerca de 9 meses). Esta foto foi tirada durante a campanha de adopção da SOS Animal na Casa da Guia (dia 12 de Março), em que eu e outros cãezinhos daqui do canil fomos tentar a nossa sorte... Infelizmente não fui adoptada, e depois de viver umas horas entre mimos e festinhas, tive de regressar ao canil. Procuro um dono amigo e consciente, que me queira para o resto das nossas vidas. Ou mesmo uma Familia de Acolhimento Temporário, para que pelo menos eu possa sair daqui. "
Passadas algumas semanas, recebo uma notícia que me deixou de rastos. A Trica já não estava no canil, já não estava entre nós... Agora, tudo tinha acabado e eu não tinha cumprido a promessa que tinha feito à Trica. Não me perdoava.
Mas porque a Trica deve ter uma luzinha que a acompanha sempre, vim a saber que tinha sido engano, e que teria sido outra cadelinha parecida a ser chamada pelo Deus dos Canitos :(
Pela minha Trica, fiquei feliz, pela outra cadelinha, claro que fiquei triste. Nenhum merece.
A minha Trica ia novamente a uma campanha de Adopção da SOS Animal, já se tinha passado um mês e eu iria voltar a vê-la. Fui, e lá estava a Trica, mais magrinha, mais debilitada, mas sempre feliz e alegre, doida, meiga e eléctrica. O dia passou... e nada. Ela e outro cão (o King) teriam que voltar ao canil, e desta vez sabiamos que era a última vez que eles tinha saido do canil, nunca mais voltariam a Campanhas. Não consegui. Peguei na minha lista telefonica e desatei a ligar para todos os contactos, em busca de uma FAT.
A Carla, que já tinha sido em tempos FAT doutros animais, disse-me que sim, que receberia a Trica e o King, e nesse dia lá foram eles para uma casinha, e uff, uff.... no dia 16 de Abril de 2005.
Passados dois dias, o meu telefone toca. A Trica tinha fugido da sua FAT no Castelo de São Jorge e o King também.
Larguei tudo, o trabalho, a correr, saí disparada à procura deles. Andei por toda a zona do Castelo, desesperada, durante uma série de horas. O King apareceu passadas algumas horas, vinha todo contente e feliz da escapadela, a caminho de casa. Da Trica, nada.
Os dias que se seguiram, foram intermináveis na busca da Trica. Com a ajuda de muitas pessoas amigas, iámos seguindo algumas pistas, muitas pessoas me telefonavam dizendo que a tinham visto, em várias partes de Lisboa, e lá ia eu a correr, a pé, de carro, a qualquer hora, esperando que fosse a Trica. Um dia a amiga Filipa, alerta-me para um anúncio no Site Adopta-me, de que estaria para adopção um cadelinha com as caracteristicas da Trica, na Tapada das Mercês. Sem foto. Contactei de imediato a anunciante, mandei uma foto da Trica, e qual não é o meu espanto quando ela me diz que as cadelas são idênticas. Esse dia custou a passar e só ao fim da tarde pude ir à Tapada das Mercês. E por incrível que pareça.... era a Trica. Ainda mais magra e debilitada, com as patinhas muito gastas, assustada e sem dar a mão, mas aos poucos, dentro do carro, aninhada aos meus pés, talvez se tenha lembrado de mim, voltou a ser a "velha" Trica que nos pedia festas na barriguinha. Ainda sem estar muito bem a acreditar neste milagre, levei a Trica a várias pessoas para fazer o reconhecimento. Era ela, sim. mas todas as dúvidas foram tiradas quando ela chegou a casa da Carla e a reconheceu, reconheceu o pátio, reconheceu o King, e desatou a brincar com as suas mantinhas, feliz por ter voltado a casa.
O pesadelo tinha durado 11 dias e tinha finalmente terminado.
Passados uns tempos o King foi adoptado, e a Trica lá continuava.
Até que um dia, recebo um telefonema da Carla, muito séria, lá do outro lado a tentar não se desmanchar a rir com o meu ar de preocupada. E ela a gozar....
Os pais dela tinham-se rendido aos encantos da Trica. A Trica iria ficar em família.
Definitivamente, no dia 19 de Maio de 2005.
As palavras que eu tenho para a Carla, para a Silvia, para toda a família Pedro, vêm de dentro do meu coração. Por tudo aquilo que fizeram da Trica, um grande, grande Obrigada.
A minha menina conseguiu o Lar da sua vida. Com ajuda de tantas pessoas, a minha promessa foi cumprida. A minha Trica hoje é FELIZ.

------------------------------------------------------------------------------------------------Olá amigos dos animais. O meu nome é Trica, gôda para os amigos, he!he! A minha vida mudou no dia em que conheci a minha amiga Ana C, em Abril de 2005. Eu estava num sítio horrível, frio, onde os animais como eu têm os dias contados. Não sei como fui lá parar, já não me lembro, só sei que achava que deveria haver algo melhor que aquilo nesta vida, não acreditava que nunca iria sair dali....e é aqui que entra a minha amiga Ana. Levaram-me a uma coisa que chamam de Campanha de Adopções, vi a luz do dia, brinquei muito, soube tão bem! Mas no final do dia, e embora tenha lambido muita mão, nenhuma dessas mãos me escolheu e o meu destino era de novo aquele lugar horrível, agora com aquela data marcada cada vez mais próxima.... A minha amiga não desistiu de mim e antes de eu ser devolvida ao Canil Municipal, ela conseguiu uma Família de Acolhimento Temporário (FAT), no Castelo de São Jorge, para mim e outro amigo meu, nas mesmas condições. Fui para um Castelo, será que ía me tornar numa princesa canídea??? Ficámos os dois algum tempo nessa FAT, mas eu, que sou muito fujona e traquinas, um dia por descuido da minha FAT apanhei uma porta aberta e fugi.... Não conhecia a zona e perdi-me para voltar. Não sei bem o que me aconteceu e como fui parar tão longe da minha FAT, só sei que as minhas amigas nunca desistiram de me procurar, colocando apelos e avisos por todo o lado e passados 11 dias, fui descoberta na Tapada das Mercês. As minhas amigas não queriam acreditar, mas quando compararam fotos viram que eu era ela, a Trica do Castelo. Voltei para a FAT e quando vi de novo as minhas coisinhas, o aconchego do qual eu tinha fugido todos tiveram a certeza que era eu. Dormi 24 horas seguidas, agarrada ao meu cobertor, agora sem medos.
O meu amigo foi entretanto adoptado e eu lá fiquei, sozinha, sem que ninguém telefonasse a dizer que também me queria a mim :(. Lá continuava a tentar chegar ao coração dos pais da minha FAT ...com os meus miminhos característicos. Sempre que apareciam ao pé de mim, agarrava-me com as duas patitas às pernas e lambia-os muito, com o meu olhar 31, que ninguém resiste :)Tanto insisti que consegui o que queria, eles já não conseguiram largar-me! Disseram que eu já não saía dali para mais lado nenhum... Afinal, eu ía mesmo ser a Princesinha Canídea do Castelo!!! Que alegria!!! Finalmente ía ser completamente feliz :) E ía ter mais amigos de 4 patas para brincar.
Só queria dizer-vos meus amigos, para terem sempre esperança, como eu tive, que um dia a Vossa boa hora também há-de chegar.

Mais uma vez, obrigada por acreditares em mim madrinha Ana C, mando-te uma foto minha para veres como estou boazona :)
Assinado: Família Pedro & Princesa Trica

9 Comments:

  • At 4:51 AM, Anonymous Anonymous said…

    Que linda que é a nossa menina:)

     
  • At 4:53 PM, Anonymous Anonymous said…

    Já me emocionei imenso :)) A Trica é uma menina linda e passeia todos os dias :) Os donos dela são muito felizes por a terem! / A ideia do blog está fabulosa, Ana. Sabe tão bem ler histórias felizes... já me comovi com todas. É tão bom ver estes meninos e meninas com amor e um lar :) Um beijo muito grande.

     
  • At 3:34 PM, Anonymous Anonymous said…

    Boa sorte para todos os meninos e menias que tiveram a infelecidade de serem escolhidos e abandonados por uns donos que não os mereciam

     
  • At 5:02 PM, Anonymous Anonymous said…

    Finalmente uma história com final feliz, uma verdadeiro "happy ending", pena que muitos destes casos de animais abandonados acabe em dor, sofrimento e depois a morte...talvez um dia a nossa luta tenha realmente impacto e os animais passem a ser considerados tão importantes como as pessoas(como são para mim) por toda a gente...beijitos

     
  • At 10:50 AM, Anonymous Anonymous said…

    Quinta-feira, 17 de Agosto 2006 (Diário de Aveiro e Notícias de Ovar)


    Revoltados com a PSP que lhes abateu o cão

    Os donos de uma cadela Pastor Alemão estão revoltados com a PSP de Ovar que no sábado abateram a tiro o animal, que ladrava ameaçadoramente para duas mulheres e depois para os polícias. «O caso está entregue a um advogado e vamos recorrer ao tribunal», afirmam Renata e Celso Rodrigues, donos da cadela.
    A história ocorreu cerca das 10 horas de sábado quando duas mulheres, uma de 26 anos e outra de 42, se encontravam a apanhar fruta no quintal vizinho aos donos de um S. Bernardo e da cadela «Nae». Segundo um comunicado do Comando Distrital da PSP de Aveiro, «subitamente, dois animais de raça canina de grande porte, surgiram, vindos de um quintal vizinho, ladrando de forma ameaçadora e deslocando-se em direcção às vítimas, causando-lhes pânico». As duas mulheres fugiram para o interior da residência, mas chamaram a polícia, porque, segundo o comunicado, os cães «ficaram a deambular pelo local».
    Ainda de acordo com a polícia um dos dois agentes da PSP «foi, também, surpreendido pelos referidos canídeos que ladravam de forma ameaçadora na sua direcção». Sem ter «tempo para se refugiar», o polícia «viu-se obrigado a fazer uso da arma, abatendo um deles, a fim de evitar a agressão iminente, provocando a fuga do outro para o quintal de onde tinha vindo». «A cadela foi abatida num caminho que até já me pertence», diz o dono.
    Celso Rodrigues e a mulher estavam de férias quando isto ocorreu, mas deixaram uma pessoa da sua confiança a tomar conta dos dois cães, que «são dóceis e nunca provocaram qualquer problema». «Bastava ter dado um tiro para o ar que eles fugiam, mas antes disso deveriam ter tentado contactar-nos, até porque como sou veterinário tenho os números de telefone na porta de casa», explica revoltado o médico. Não consegue é encontrar explicação sob a forma que os dois cães se conseguiram soltar.
    Alguns populares que assistiram a toda esta cena também garantem que «não havia necessidade de abater a cadela». «Até pode ter assustado, mas a cadela estava a brincar e não atacou ninguém», afiançam alguns populares, também eles revoltados com o que se passou.
    «Estamos revoltados, mas queremos aferir o que realmente se passou para, então podermos assumir uma posição definitiva», concretiza Celso Rodrigues. Em estado de choque ficou a sua mulher Renata que tinha uma grande afeição pela «Nae». «Ela era muito meiga e muito querida», lamenta.


    NOTA: Tudo leva a crer que isto não passou de uma cilada com um fim triste. E se o “perigosíssimo” S. Bernardo não foge…tinha a mesma sorte que a coitada Nae. Havia necessidade de se chegar a este ponto?

     
  • At 10:50 AM, Anonymous Anonymous said…

    Quinta-feira, 17 de Agosto 2006 (Diário de Aveiro e Notícias de Ovar)


    Revoltados com a PSP que lhes abateu o cão

    Os donos de uma cadela Pastor Alemão estão revoltados com a PSP de Ovar que no sábado abateram a tiro o animal, que ladrava ameaçadoramente para duas mulheres e depois para os polícias. «O caso está entregue a um advogado e vamos recorrer ao tribunal», afirmam Renata e Celso Rodrigues, donos da cadela.
    A história ocorreu cerca das 10 horas de sábado quando duas mulheres, uma de 26 anos e outra de 42, se encontravam a apanhar fruta no quintal vizinho aos donos de um S. Bernardo e da cadela «Nae». Segundo um comunicado do Comando Distrital da PSP de Aveiro, «subitamente, dois animais de raça canina de grande porte, surgiram, vindos de um quintal vizinho, ladrando de forma ameaçadora e deslocando-se em direcção às vítimas, causando-lhes pânico». As duas mulheres fugiram para o interior da residência, mas chamaram a polícia, porque, segundo o comunicado, os cães «ficaram a deambular pelo local».
    Ainda de acordo com a polícia um dos dois agentes da PSP «foi, também, surpreendido pelos referidos canídeos que ladravam de forma ameaçadora na sua direcção». Sem ter «tempo para se refugiar», o polícia «viu-se obrigado a fazer uso da arma, abatendo um deles, a fim de evitar a agressão iminente, provocando a fuga do outro para o quintal de onde tinha vindo». «A cadela foi abatida num caminho que até já me pertence», diz o dono.
    Celso Rodrigues e a mulher estavam de férias quando isto ocorreu, mas deixaram uma pessoa da sua confiança a tomar conta dos dois cães, que «são dóceis e nunca provocaram qualquer problema». «Bastava ter dado um tiro para o ar que eles fugiam, mas antes disso deveriam ter tentado contactar-nos, até porque como sou veterinário tenho os números de telefone na porta de casa», explica revoltado o médico. Não consegue é encontrar explicação sob a forma que os dois cães se conseguiram soltar.
    Alguns populares que assistiram a toda esta cena também garantem que «não havia necessidade de abater a cadela». «Até pode ter assustado, mas a cadela estava a brincar e não atacou ninguém», afiançam alguns populares, também eles revoltados com o que se passou.
    «Estamos revoltados, mas queremos aferir o que realmente se passou para, então podermos assumir uma posição definitiva», concretiza Celso Rodrigues. Em estado de choque ficou a sua mulher Renata que tinha uma grande afeição pela «Nae». «Ela era muito meiga e muito querida», lamenta.


    NOTA: Tudo leva a crer que isto não passou de uma cilada com um fim triste. E se o “perigosíssimo” S. Bernardo não foge…tinha a mesma sorte que a coitada Nae. Havia necessidade de se chegar a este ponto?

     
  • At 8:38 AM, Anonymous Anonymous said…

    :)
    Parabéns então.

     
  • At 10:13 AM, Blogger Fábula said…

    então? ñ há mais histórias felizes?

     
  • At 5:32 AM, Anonymous Anonymous said…

    Good post and this fill someone in on helped me alot in my college assignement. Thank you for your information.

     

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