HAPPY DOG - HAPPY CAT

Um dia, largaram as correntes, abriram as suas asas, e voaram.... para um novo Mundo, para uma nova Vida... Que sejam agora felizes, que o tempo apague depressinha as memórias dos canis e da rua, onde um dia foram abandonados à sua triste sorte.

Thursday, April 20, 2006

Rita, Mia, e finalmente Lisa Simpson


Et voilà! Finalmente chegou-me hoje às mãos o primeiro testemunho de um Felino, aliás, de uma Felina. A nossa Rita (?) Mia(?) Lisa é a primeira a vir aqui abrilhantar este espacinho de Histórias Felizes.
Tudo começou quando esta querida menina foi abandonada mas felizmente foi encontrada por uma amiga dos animais. Como a pessoa que a recolheu até já tem muitos, pediu-nos ajuda e lá foi a gatinha para casa da minha mummy. A minha irmã chamava-lhe Rita mas eu sempre do contra dei-lhe o nome de Mia. A pobre da gatinha no meio disto tudo até já andava baralhada com este duplo Bilhete de Identidade, pelo que nunca respondeu a nome nenhum, a não ser ao apelo do barulho da tacinha da ração. Em casa da minha mãe, havia e há ainda, duas lindas cadelinhas, uma delas então tinha por desporto favorito correr atrás da Mia Rita, e a Rita Mia passava o tempo aflita do coração. Por causa disso e a viver apavorada, passou a habitar uma divisão sozinha, no meu antigo quarto, que hoje serve para os hospedes de 4 patas. E apesar de viver num T0 com vista para a varanda, o sonho de muitas gatas, passava os dias sozinha e infeliz por isso decidimos arranjar-lhe um doninho especial que lhe pudesse proporcionar uma vida mais feliz.
Eis o apelo da Mia Rita: "Eu sou a Mia, uma gatinha muito linda e muito meiga, e fui encontrada abandonada na rua. Uma amiga levou-me para sua casa, e por eu ser tão meiguinha e estar tão habituada a humanos, ainda pensou que eu estivesse perdida. Mas ela já viu em tantos sitios, e não há ninguém à minha procura..... Sou ainda jovenzinha e gosto muito de pessoas , de ter companhia, e de brincar mas também sou um pouco medrosa e nesta casa onde estou também há cães e eu tenho muito medo deles, por isso tenho de estar separada numa divisão. A minha amiga anda à procura duma casinha para mim, de alguém que me dê muito carinho, miminhos, amor, e que nunca mais me volte a abandonar. "
Foi tiro e queda. No proprio dia em que coloquei o apelo na internet, passado meia hora apareceu logo um freguês que a queria adoptar. O resto conta ele, o freguês, com o jeitinho que tem para contar histórias deliciosas, e que me encanta diariamente com as suas palavras. Deliciem-se também....
A Rita Mia passou a ter um nome (finalmente... ufff) no dia 1 de Março de 2006.
Obrigada ao Paulo A. e à sua família, Maggie incluida, por terem dado a esta gatinha a oportunidade de ter um Lar e ser Feliz.
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Eu sinceramente ainda não sei bem como tudo aconteceu.
Apesar de ser muito jovem, a memória do que para trás ficou, está tolhida por um nevoeiro mais denso que o do canal da mancha…
Não sei se caí numa ilha como o John Doe, mas é verdade que fui resgatada da rua por uma fã e amiga de felinos.
Confesso até que gostei de ter companhia, embora não tivesse sido esse o meu poiso final… tal como o John Doe, capitulos interessantes se seguiram.
Qual estrela de futebol, fui envolvida numa troca felina, mas eu foi por motivos de saúde e amor às minhas irmãs felinas, não por razões económicas.
Cheguei assim a uma linda casa com novas irmãs e … e…. áh desgraça, óh horror, hó meu rico santinho das arranhadeiras celestiais, eu bem queria explicar o meu terror, mas não há ainda banda sonora que descreva o meu estado… aqueles novos donos… que me estavam a acolher com tanto amor… tinham… tinham… um c… um c… ccccãããã…. Aquela coisa com pelos e 4 patas que não mia…. ladra…. óh pecado mortal e imperdoavel….
Confesso. Temi pela sanidade mental das minhas irmãs felinas que se davam com aquela criatura que saltava e lambia tudo o que era gato.Vergonhoso. Diria mesmo mais…. Vergonhoso. Como podia eu, uma gata tão distinta dar-me com um ccccc … cccãããã… aquela coisa….
Remeti-me à contemplação, à busca da minha essencia enquanto felinus-supremus, na clausura de um quarto.
Eu ainda tentei relacionar-me com as minhas irmãs, mas logo aparecia aquilo… um monstro que queria ser minha amiga….
Nem que ela conseguisse cuspir bolas de pelo, e aprendesse a miar…. Não… isto é trauma de infância de certeza. Não poderá ser superado… as minhas novas donas, que me acolheram com tanto amor, que me chegaram a dar nome (Mia e Rita), perceberam o meu trauma e movidas por maior amor à minha posição felina, que aos seus próprios gostos de terem gatos, preferiram ver-me partir a ver-me enclausurada. Confesso não conhecer muita gente, confesso ainda ser jovem, mas julgo que é sempre bom encontrar alguem que goste tanto de nós que se esteja disposto a sacrificar-se para nos dar uma vida melhor e que até esteja disposto a abdicar de nós.
A mim custou-me muito sair daquele quarto. Era o meu reino. Tinha mimo sempre que era possivel… era bem alimentada… tinha uma janela, que é a bem dizer a 3ª coisa mais importante da vida de um felino, a seguir à Royal Canin e à caixinha de areia…
Mas uma noite estava eu na sala a disponibilizar a minha presença á minha dona… e aparece-me um casal. Foi tão bem recebido por ela, que em sinal da boa educação que ali recebia saí da minha introspecção e cumprimentei-os.
Como a minha dona falava tão amavelmente, e o ambiente estava bom, decidi, agraciar estas visitas com algo mais que a minha presença. É verdade… eu sei… sou um coração mole…. Assim…. passei a noite ao colo daquele que hoje escreve estas linhas que eu vou ditando. Mal sabia eu, que logo ali estava a nascer uma relação que ainda hoje permanece.
Confesso que gostei logo deles. Percebi imediatamente que eram humanos já educados por gatos. Tinham cheiro de gata pela roupa, que logo tratei de os ajudar a manter, esfregando-me, afinal, eu também sou uma gata carinhosa, e gosto que as pessoas levem algo de mim.
Ouvi uma história maravilhosa de uma casa grande com sol, e comidinha da boa, com companhia felina…
Mudei. Nessa mesma noite, decidi sair da minha contemplação, ainda havia gente que tinha gatos, sem a presença de cã…. Cã… vocês já perceberam… havia afinal esperança para a espécie humana.
Nessa semana fizeram um check-up que deu negativo a tudo… eu até lhes podia ter dito isso mas como eles não entendem miês suficiente… foi melhor assim… pelo menos sempre sabia se aquele susto com o… com o… (não vale a pena tentar….) me tinha dado alguma travadinha.
No dia em que vieram os resultados, contou-me o meu actual fornecedor de ração que os recebeu de uma voz em manifesta e incontida alegria “Ela está bem, está tudo bem, os resultados estão negativos, estão tão feliz, não imagina o quão feliz ficamos”, contou-me ele numa noite de mimo que parecia que as minhas antigas donas quase choravam de alegria por eu poder vir a ter uma vida refastelada e de mimo… que a bem dizer que era igual à que já tinha, mas desta vez com mais espaço, assim uma espécie de upgrade de área livre.
Não foi com surpresa que voltei a ver aquele fulaninho com cheiro a gata que tinha visitado a minha dona anteriormente. Ele gostou tanto de mim que veio para receber mais mimo… mas a minha dona colocou-me numa transportadora toda bonitinha… mas êh páh… que fixe, vamos dar um passeio… olha a rua…. Olha um carro… olha outra rua… olha… uma casota de humanos…. e cheira a gata… que giro… vou investigar tudo… e investiguei. Cruzei-me algumas vezes à distância com a tal gata autoctene, que não gostou muito de ver o seu reino invadido. Mas fiz-me de super-felina e aguentei o preconceito da minha actual melhor amiga e corredora de vias-rápidas-cozinha-escritório e guarda-redes de elásticos.
Confesso que ao principio, as saudades da minha dona me fizeram passar um tempo de dieta. Foi assim a modos que uma passagem, em que fiz jejum de tudo o que era bom e só comia o indispensável.Passado o meu tempo de lamento e já com a «outra» habituada à minha presença posso dizer que gosto muito de cá estar. Tenho espaço para correr, sol para desfrutar, companhia para os momentos mais felinos, e para os momentos em que nos apetece dar mimo a humanos por serem tão bons dispensadores de ração.
Adoro os armários, principalmente aqueles que tem a roupa passadinha a ferro, adoro correr com a minha mana, adoro a RCindoor27, adoro os tapetes de material arranhavel, os sofás largos e cadeirões solares para descansar, as flores onde armo ciladas à minha mana, atacadores… óh meu santo padroeiro dos atacadores, que tão bem me dispensas as tuas graças no armário do quarto do meio…..e outros brinquedos que os meus actuais protegidos me deram, como sinal de agradecimento e reconhecimento à minha magnânime distribuição de turrinhas às suas pessoas.
Atenciosamente, e muito agradecida a todos os que fizeram parte da minha vida até agora, quero prestar tributo a todos os que se esforçam por nos dar uma vidinha descansada.
Brinhaus a todos e todas vós.
Lisa Simpson.

1 Comments:

  • At 8:48 AM, Anonymous Anonymous said…

    adorei o post.força para a gatinha mais linda k finalmente esta feliz

     

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