HAPPY DOG - HAPPY CAT

Um dia, largaram as correntes, abriram as suas asas, e voaram.... para um novo Mundo, para uma nova Vida... Que sejam agora felizes, que o tempo apague depressinha as memórias dos canis e da rua, onde um dia foram abandonados à sua triste sorte.

Friday, July 28, 2006

Lola - Lola :)


Lola, Lolita, uma menina muito bonita, foi abandonada e estava no Canil Municipal de Torres Vedras com um ar triste e resignado, pedindo a todos que passavam um pouco de carinho e atenção. Da vida dela nada sabemos, mas a carência afectiva que esta menina tinha, o seu modo de estar, os seus olhinhos tristes, juravam que um dia já tinha tido uma casinha, um sofázinho, um Lar.
O apelo dela lá circulou, junto com tantos outros do mesmo canil...
Até que um dia, recebi um telefonema duma senhora que queria adoptar uma coisinha linda de porte pequenino. Entre várias fotos que viu, a Lola era uma hipótese.
Não foi preciso muito para que a adopção se concretizasse, a senhora combinou uma ida ao canil de Torres Vedras, e trouxe a nossa Lolita que nem queria acreditar que lhe tinha saído a sorte grande :)
Ao princípio, tudo a assustava, talvez ainda se lembrasse dos tempos do abandono que a marcaram para sempre, ou de eventuais maus tratos, só ela é que sabe....
Mas depois lá percebeu que finalmente estava livre, livre das grades e do pesadelo, livre para amar e ser amada por uns donos expectaculares.
Ouvi dizer que até foste de férias, sua marota. És uma sortuda.
A Lolita foi adoptada no dia 24 de Junho de 2006.
Obrigada à Nicole e a toda a família Varela por terem tornado a vida desta pequenina tão Feliz.
------------------------------------------------------------------------------------------------Lola - O meu diário

Pois é, já há mais de um mês que estou na minha nova família e sinto-me cada vez melhor.
Os meus donos tratam-me muito bem e até me levaram com eles de férias para a barragem de Montargil. Adorei lá estar porque podia correr junta à barragem e sentir uma sensação de liberdade e segurança ao mesmo tempo, o que foi uma maravilha.

Já não estou tão assustada (apesar de achar que este trauma vai demorar muito tempo a passar de vez, afinal já passei muito na minha vidinha) e até já aprendi a passear à trela, o que até à bem pouco tempo me fazia muita confusão e só o fazia muito assustada. Agora quando passeio com os meus donos já se vê bem o meu porte bonito e a vaidade que sinto em ter donos.

Também já fiz alguns novos amigos aqui na rua (que encontro durante os meus passeios) e até os achos tão simpáticos ao ponto de ladrar e fazer piruetas de contente quando os encontro.

A minha dona mais pequena adora-me e até já chegou a por me na cama dos nenucos dela, o que achei muito engraçado e até me deixei lá ficar. Ela gosta muito de mim e às vezes trata-me como se fosse um bébé. A mãe até já me levou à escola para todos os amiguinhos dela me conhecerem. Todos me acharam muito linda e fofinha!

Pois é, finalmente encontrei aquilo que eu merecia e que todos os meus "companheiros de cela" ou destino também merecem. Peço a deus que eles tenham a mesma sorte que eu e que as pessoas começem a ver que temos sentimentos tal como os humanos e que não merecemos ser tratados como um objecto. Sei que os meus donos vêm nos meus olhos a gratidão que sinto e que não há nada melhor para eles do que chegar a casa ao fim de um dia de trabalho e de eu os receber com a cauda a abanar e uns olhos brilhantes de satisfação.

Não há nada que pague esta troca de amor e carinho tão sinceros!!!!

Até breve!

Sunday, July 16, 2006

Eléctrica (Trica) - Trica


A história da linda Trica, começa em Março de 2005 (ou talvez antes), quando foi abandonada no Canil Municipal de Lisboa. Uma cadelinha ainda tão novinha, tão meiga, tão doce, assim abandonada PORQUÊ? Perguntas que nos fazemos tantas vezes, sem respostas.... à Trica e a tantos, tantos outros animais....
Eu fui a uma Campanha de Adopção da SOS Animal e foi lá que conheci a Trica. Brincalhona, sempre a correr, feliz porque estava fora do canil, com uma sede enorme de Liberdade, só queria mimos e meiguices, e também ela nos retornava todo esse carinho, impossível de esquecer. Dei-lhe o nome de Eléctrica, Trica para os amigos. Passei uma tarde inteira com a Trica, passeios para cá e para lá por todo aquele espaço lindissimo que é a Casa da Guia. Ao fim do dia, já a escurecer, dei-me conta de que a Trica não tinha sido adoptada e o meu coração começou a disparar. Tão distraída que eu estava com ela, que quando me vieram chamar, com a pesada coleira e trela na mão, agarrei-me à Trica num pranto tão grande e profundo, e entre lágrimas, prometi-lhe que ia fazer tudo para que ela fosse adoptada e saisse daquele sítio. A Trica, lambeu-me as lágrimas, lavou-me a cara, e teve de ir, resignada. Eu fiquei, triste e com o coração despedaçado.
Imediatamente tratei de fazer um apelo de adopção para a Trica, que dizia assim:
"Olá amiguinhos, eu sou a Eléctrica (Trica), e estou no Canil Municipal de Lisboa. Sou uma menina muito meiga, muito doce e como uma grande vontade de viver. Sou ainda novinha (tenho cerca de 9 meses). Esta foto foi tirada durante a campanha de adopção da SOS Animal na Casa da Guia (dia 12 de Março), em que eu e outros cãezinhos daqui do canil fomos tentar a nossa sorte... Infelizmente não fui adoptada, e depois de viver umas horas entre mimos e festinhas, tive de regressar ao canil. Procuro um dono amigo e consciente, que me queira para o resto das nossas vidas. Ou mesmo uma Familia de Acolhimento Temporário, para que pelo menos eu possa sair daqui. "
Passadas algumas semanas, recebo uma notícia que me deixou de rastos. A Trica já não estava no canil, já não estava entre nós... Agora, tudo tinha acabado e eu não tinha cumprido a promessa que tinha feito à Trica. Não me perdoava.
Mas porque a Trica deve ter uma luzinha que a acompanha sempre, vim a saber que tinha sido engano, e que teria sido outra cadelinha parecida a ser chamada pelo Deus dos Canitos :(
Pela minha Trica, fiquei feliz, pela outra cadelinha, claro que fiquei triste. Nenhum merece.
A minha Trica ia novamente a uma campanha de Adopção da SOS Animal, já se tinha passado um mês e eu iria voltar a vê-la. Fui, e lá estava a Trica, mais magrinha, mais debilitada, mas sempre feliz e alegre, doida, meiga e eléctrica. O dia passou... e nada. Ela e outro cão (o King) teriam que voltar ao canil, e desta vez sabiamos que era a última vez que eles tinha saido do canil, nunca mais voltariam a Campanhas. Não consegui. Peguei na minha lista telefonica e desatei a ligar para todos os contactos, em busca de uma FAT.
A Carla, que já tinha sido em tempos FAT doutros animais, disse-me que sim, que receberia a Trica e o King, e nesse dia lá foram eles para uma casinha, e uff, uff.... no dia 16 de Abril de 2005.
Passados dois dias, o meu telefone toca. A Trica tinha fugido da sua FAT no Castelo de São Jorge e o King também.
Larguei tudo, o trabalho, a correr, saí disparada à procura deles. Andei por toda a zona do Castelo, desesperada, durante uma série de horas. O King apareceu passadas algumas horas, vinha todo contente e feliz da escapadela, a caminho de casa. Da Trica, nada.
Os dias que se seguiram, foram intermináveis na busca da Trica. Com a ajuda de muitas pessoas amigas, iámos seguindo algumas pistas, muitas pessoas me telefonavam dizendo que a tinham visto, em várias partes de Lisboa, e lá ia eu a correr, a pé, de carro, a qualquer hora, esperando que fosse a Trica. Um dia a amiga Filipa, alerta-me para um anúncio no Site Adopta-me, de que estaria para adopção um cadelinha com as caracteristicas da Trica, na Tapada das Mercês. Sem foto. Contactei de imediato a anunciante, mandei uma foto da Trica, e qual não é o meu espanto quando ela me diz que as cadelas são idênticas. Esse dia custou a passar e só ao fim da tarde pude ir à Tapada das Mercês. E por incrível que pareça.... era a Trica. Ainda mais magra e debilitada, com as patinhas muito gastas, assustada e sem dar a mão, mas aos poucos, dentro do carro, aninhada aos meus pés, talvez se tenha lembrado de mim, voltou a ser a "velha" Trica que nos pedia festas na barriguinha. Ainda sem estar muito bem a acreditar neste milagre, levei a Trica a várias pessoas para fazer o reconhecimento. Era ela, sim. mas todas as dúvidas foram tiradas quando ela chegou a casa da Carla e a reconheceu, reconheceu o pátio, reconheceu o King, e desatou a brincar com as suas mantinhas, feliz por ter voltado a casa.
O pesadelo tinha durado 11 dias e tinha finalmente terminado.
Passados uns tempos o King foi adoptado, e a Trica lá continuava.
Até que um dia, recebo um telefonema da Carla, muito séria, lá do outro lado a tentar não se desmanchar a rir com o meu ar de preocupada. E ela a gozar....
Os pais dela tinham-se rendido aos encantos da Trica. A Trica iria ficar em família.
Definitivamente, no dia 19 de Maio de 2005.
As palavras que eu tenho para a Carla, para a Silvia, para toda a família Pedro, vêm de dentro do meu coração. Por tudo aquilo que fizeram da Trica, um grande, grande Obrigada.
A minha menina conseguiu o Lar da sua vida. Com ajuda de tantas pessoas, a minha promessa foi cumprida. A minha Trica hoje é FELIZ.

------------------------------------------------------------------------------------------------Olá amigos dos animais. O meu nome é Trica, gôda para os amigos, he!he! A minha vida mudou no dia em que conheci a minha amiga Ana C, em Abril de 2005. Eu estava num sítio horrível, frio, onde os animais como eu têm os dias contados. Não sei como fui lá parar, já não me lembro, só sei que achava que deveria haver algo melhor que aquilo nesta vida, não acreditava que nunca iria sair dali....e é aqui que entra a minha amiga Ana. Levaram-me a uma coisa que chamam de Campanha de Adopções, vi a luz do dia, brinquei muito, soube tão bem! Mas no final do dia, e embora tenha lambido muita mão, nenhuma dessas mãos me escolheu e o meu destino era de novo aquele lugar horrível, agora com aquela data marcada cada vez mais próxima.... A minha amiga não desistiu de mim e antes de eu ser devolvida ao Canil Municipal, ela conseguiu uma Família de Acolhimento Temporário (FAT), no Castelo de São Jorge, para mim e outro amigo meu, nas mesmas condições. Fui para um Castelo, será que ía me tornar numa princesa canídea??? Ficámos os dois algum tempo nessa FAT, mas eu, que sou muito fujona e traquinas, um dia por descuido da minha FAT apanhei uma porta aberta e fugi.... Não conhecia a zona e perdi-me para voltar. Não sei bem o que me aconteceu e como fui parar tão longe da minha FAT, só sei que as minhas amigas nunca desistiram de me procurar, colocando apelos e avisos por todo o lado e passados 11 dias, fui descoberta na Tapada das Mercês. As minhas amigas não queriam acreditar, mas quando compararam fotos viram que eu era ela, a Trica do Castelo. Voltei para a FAT e quando vi de novo as minhas coisinhas, o aconchego do qual eu tinha fugido todos tiveram a certeza que era eu. Dormi 24 horas seguidas, agarrada ao meu cobertor, agora sem medos.
O meu amigo foi entretanto adoptado e eu lá fiquei, sozinha, sem que ninguém telefonasse a dizer que também me queria a mim :(. Lá continuava a tentar chegar ao coração dos pais da minha FAT ...com os meus miminhos característicos. Sempre que apareciam ao pé de mim, agarrava-me com as duas patitas às pernas e lambia-os muito, com o meu olhar 31, que ninguém resiste :)Tanto insisti que consegui o que queria, eles já não conseguiram largar-me! Disseram que eu já não saía dali para mais lado nenhum... Afinal, eu ía mesmo ser a Princesinha Canídea do Castelo!!! Que alegria!!! Finalmente ía ser completamente feliz :) E ía ter mais amigos de 4 patas para brincar.
Só queria dizer-vos meus amigos, para terem sempre esperança, como eu tive, que um dia a Vossa boa hora também há-de chegar.

Mais uma vez, obrigada por acreditares em mim madrinha Ana C, mando-te uma foto minha para veres como estou boazona :)
Assinado: Família Pedro & Princesa Trica

Saturday, July 15, 2006

Nina - Nina :)


Em Julho de 2005, esta coisinha mas linda que aqui vêem na foto, foi abandonada em Caneças.
Tinha sido recentemente mamã mas ninguém nunca soube que foi feito dos filhotes dela. A minha amiga Joana recolheu-a em Familia Temporária, e como sabe que eu passo a vida nestas andanças, telefonou-me e pediu-me para fazermos um apelo com vista a arranjar um bom doninho para a Nina.
O apelo que circulou dizia assim:
"Olá amiguitos, eu sou a Nina e ando à procura de um lar. Fui abandonada numa rua em Caneças e desde esse dia que a minha vida mudou, passei a viver sempre muito assustada e com medo que me fizessem mal. Por ser muito tímida e medrosa, uma amiga recolheu-me provisoriamente na sua casa, até eu conseguir arranjar um doninho definitivo. No dia 16 fui levada a uma campanha de adopção, mas infelizmente não tive a sorte de ser adoptada. Tenho apenas um aninho, já fui ao veterinário e estou bem de saúde, sou muito meiguinha, muito calma e tímida e não ocupo muito espaço pois sou muito pequenina."
A Nina chegou a ir a uma campanha de adopção da SOS Animal, mas não foi adoptada. Mas graças a Deus tinha sempre onde voltar, nem para o canil, nem para a rua, mas para casa da minha amiga Joana.
Num fim de semana de Agosto, ia eu a caminho dum belo fim de semana de férias, quando recebo uma chamada do Jorge, um rapaz que já nos tinha adoptado o "Small" em Maio desse ano. Fiquei logo preocupada e confesso que a minha primeira ideia foi de algo tinha acontecido ao Small (Dom Doca). Mas quando ele me começou a dizer que o Small estava tristinho porque se sentia sozinho quando os donos não estavam em casa, e que o telefonema tinha outro propósito, o de adoptar uma amiguinha para o Small, fiquei logo toda contente. Eles tinham duas cadelinhas em vista, uma delas infelizmente já tinha morrido no canil , a outra era a Nina.
Liguei logo para a minha amiga Joana a dar-lhe a novidade, e claro ela também ficou toda feliz.
E foi assim que no dia 3 de Setembro de 2005, eu e a Joana e os nossos respectivos maridinhos, fizémos uma excursão até ao Montijo, a casa da Sofia, do Jorge e do Dom Doca, para levar a Nina.
Conheci o Dom Doca, que estava lindíssimo, pude ver como estava bem tratado, e o carinho e a paz existentes naquela família. E assim dá gosto. Viémos embora e deixámos a Nina a chorar, pois já estava habituada à Joana, mas sabemos que ela ali ficava melhor pois iria ter uma família de verdade. Escusado será dizer que também nós ficámos com aquela lagriminha no canto do olho.... mas a Nina.... olhem, vejam as fotos, leiam o testemunho abaixo e constatem, tal como eu, a sorte que a Nina teve. Começou logo no dia seguinte à adopção, com uma ida de férias para o Algarve, junto com os donos.
Mais uma vez obrigada à Sofia e ao Jorge, por tudo o que deram à Nina, e ao Docas tb, pois é ele recebeu muito bem a sua amiga e é ele que tem ensinado à Nina como se devem portar os canitos.
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Olá, eu sou a Nina. A minha amiga Ana pediu ao meu dono que escrevesse uma pequena história da minha vida. E aqui estamos nós, eu dito e ele escreve. Não tive um início muito feliz, fui cadela de rua em Caneças, fui mãe adolescente, solteira. Ainda hoje penso nos meus filhos, em como e onde estarão! Um dia encontrei uma amiga, a Joana, que me recolheu em sua casa. Mas era apenas temporário, eu não podia ficar lá para sempre. É ai que entra a Ana, ela divulgou o meu caso que chegou ao mail dos meus donos. Eles já tinham um cão, o Dom Doca, mas eles acharam que eu seria uma boa companhia, e assim, trouxeram-me para casa deles. A princípio estranhei um bocado, não conhecia ninguém, eram todos estranhos para mim. Mas após uma boa conversa com o meu amigo Doca tudo melhorou. Hoje estou feliz cá em casa. Sei que nem sempre me porto bem, sempre fui muito traquina, mas aprendi coisas importantes com o Doca: Não se fazem necessidades em casa, não se rói roupa nem sapatos… essas coisas que convém saber. Como recompensa, vamos todos passear à praia… adoro praia, correr na areia fofinha, sentir a água nas patas, adoro atirar-me para a areia e esfregar-me praia fora!! Só me chateia quando a gente volta porem-me gotas nos olhos, dizem que é para limpar a areia dos olhos mas faz-me tanta impressão! Ainda tenho alguns traumas da minha vida de errante, não posso ver ninguém com paus na mão, encolho-me toda quando a minha dona varre a casa, é mais forte que eu. Mas agora sou feliz, tenho uma casa, uma cama fofinha, comida. E devo isto tudo a estas pessoas que se interessaram por mim. Por isso, quero agradecer à Joana que me recolheu da rua, e à Ana que divulgou o meu caso, nunca vos irei esquecer. Desejo tudo de bom para vocês e espero que estes finais felizes vos motivem para continuar a vossa bonita obra. Até a próxima,
Nina.

Small - Dom Doca


Era uma vez um cãozinho pequenino, peludinho, meiguinho, e engraçadinho, mas tristinho porque tinha sido abandonado no Canil Municipal de Almada, em fins de Abril de 2005. Démos-lhe o nome de Small. Ali estava ele, encostado na sua box, resignado por uma vida que não merecia, pela negligência de um antigo dono sem coração que aos 6 anos o deixou entregue à sua sorte. Assim, sem mais. Foi feito um apelo para o Small, de modo a que a sua vidinha não terminasse por ali, ele merecia muito, muito mais. O apelo dizia assim:
"Eu sou o Small, nome que me puseram , pois sou mesmo pequeninito. Não devo ter mais de 5 kilitos. Sou assim uma espécie de pantufinha, fofinho e farfalhudo, todo pretinho, uma ternura de cão. Tenho cerca de 3 anitos, e vim aqui parar a este canil municipal, mais uma vez por culpa do ser humano, que lá achou que aqui era o melhor lugar para mim.... Infelizmente, como sabem, os canis municipais nunca são os melhores lugares para nada, aqui vivemos dia após dia, sem saber se ainda estamos cá no dia seguinte. Lembrem-se disso.... e venham-me buscar, e assim dão-me uma oportunidade de me fazer feliz novamente. "
(no apelo dizia 3 anos mas mais tarde viémos a saber que era mais velho).
O apelo lá circulou pelos meios habituais, e passados poucos dias recebi um telefonema de alguém que o quis adoptar. Maravilhoso, fiquei super feliz. O nosso Small ia ter uma casinha. Ia para o Montijo ser filho único e ser apaparicado por um jovem casal amoroso, a Sofia e o Jorge, que tinham tudo para lhe dar, e mais ainda. E foi assim que no dia 9 de Maio de 2005 o lindo Small saiu do canil pelas mãos do Jorge, direito a uma nova vida com direito a tudo, cuidados veterinários, muito mimo,muito amor e muita dedicação.
Muito obrigada à Sofia e ao Jorge por tudo o que fizeram deste menino, inclusive arranjar-lhe uma maninha, a Nina, (que poderão ver num próximo post de histórias felizes) para que ele não se sentisse tão sozinho quando os donos não estão em casa.
Felicidades para os 4: Jorge, Sofia, Don Doca e Nina.
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Tinha cerca de 6 aninhos quando o mudaram de armas e bagagens para o canil municipal.
Não consigo nem sequer imaginar o sofrimento do Doca nem tão pouco o motivo de tal monstruosidade…
Hoje para mim, que tenho o doca há apenas um ano, largá-lo num canil, seria como abandonar um filho para a morte…
Encontrei o Doca num jornal semanal, no meio de tantos outros anúncios minúsculos, lá estava ele, o Small como carinhosamente lhe chamavam na altura, por ser pequenino.
O coração encheu-se-me de carinho logo que percebi que tinha sido abandonado á sua sorte e que seria posto a dormir em breve.
Tinha tanto para lhe oferecer, um tecto, comida, cuidados de saúde, e principalmente muito, muito carinho.
Fui buscá-lo ao canil de Almada, e ali estava ele, do outro lado da grade, o sofrimento estampado no rosto, um olhar vazio, e sem esperança, indefeso, completamente maltratado pela vida, doente e infestado de pulgas e carraças, com o pelo seco, baço e cheio de nós e nem sequer um boletim de vacinas tinha…
Quem o largou, largou-o para morrer, e o Doca, o meu Doca ainda tinha tanto para dar, para viver, para ensinar…

Trouxe-o para casa, e naquele momento, deixou de ser o Small para ser o Dom Doca, o meu ‘binho’ como carinhosamente lhe chamo hoje em dia.
Depois de um banhinho, tratamento para as pulgas, uma comida adequada, umas quantas idas ao veterinário (ele vinha muito maltratado e doentinho, otite e tosse de canil) e muitos miminhos, ficou como novo.
Hoje sei que o meu Doca é feliz, amo-o como se fosse do meu sangue, porque afinal, ele faz parte da minha pequena mas amada família.
Enquanto escrevo este texto, o Doca está deitado a dormir sobre as minhas pernas, neste momento a sua única preocupação é puxar de vez em quando a perna para cima… e penso, é preciso tão pouco para o fazer feliz…

….Ás vezes as coisas simples da vida são as mais importantes…o suficiente para nos fazer felizes a nós… agora sei como amar incondicionalmente e sem restrições…não é preciso palavras…
Ana, os nossos sinceros parabéns, pela teu grande sentido de humanidade, graças á tua dedicação e inquietação muitos que estariam neste momento ‘ a dormir’ encontraram uma segunda oportunidade de viver, um verdadeiro milagre…e ainda dizem que milagres não existem, existem sim, nas mãos de pessoas generosas como tu.

Obrigado por nos teres feito chegar o nosso Doca, que nos trouxe muitos sorrisos e nos enriqueceu a vida de uma forma extraordinária. Um grande OBRIGADO!
‘Entre a brutalidade para com o animal e a crueldade para com o homem, há uma só diferença a vitima’
(Lamartine)
Dom Doca, Jorge e Sofia

Max Labrador Pérola - Rex


Em finais de Dezembro de 2005, este lindo Labrador Pérola foi deixado num canil municipal. Com cerca de 6/7 meses, foi entregue pelo próprio dono, juntamente com a documentação, no canil, apenas porque.... tinha uma ferida na almofadinha da patinha. O seu destino era o abate, mas a minha amiga Margarida é que não conseguiu ficar indiferente a este olhar tão triste e desesperado e logo logo fizémos um apelo.

Eu quando olho para esta foto, dá-me um aperto no coração, este olhar e esta tristeza, e a patinha pousada em cima da outra....

Mas vamos lá é à parte feliz! Porque a houve e porque hoje o Rex é um cão sortudo e está muito bem adoptado.

O apelo circulou como de costume, mas foi na Companhia dos Animais que o Max arranjou uns doninhos 5 estrelas. Foi logo 2 ou 3 dias depois que , através da Mena e da Diana, o nosso menino disse adeuzinho aos dias tristes e ala para uma nova vidinha, sem medos e receios.

O resto da história vai contar o Indy, que é o amiguinho do Rex, companheiro de muitas brincadeiras e de uma boa amizade.

Muito obrigada à Margarida, à Mena (a madrinha), à Diana e família e ao Indy.

O Rex foi adoptado no dia 29 de Dezembro de 2005. Vejam as fotos, leiam o texto, e fiquem muito felizes, como eu.

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Olá! Eu sou o Indy (o caniche) e estou aqui para vos contar a história do meu irmão Rex! Ele é adoptado, sabiam? Mas descobri que isso não importa nada! Quando a minha irmã Daisy nos deixou ficou um vazio no meu coração pois tinha perdido a minha companheira de longas brincadeiras, o meu primo Sharky habitualmente vinha passar uns dias connosco mas em vez de ser meu amigo, pelo contrário só me queria morder e roubar não só os meus brinquedos mas também toda a atenção dos meus donos e como tem uma personalidade muito forte conseguia sempre o que queria mas eu sentia-me tão sozinho que nem me importava, pelo menos distraia-me...
Até que um dia, quando eu menos estava á espera o meu dono e a minha menina (dona do Sharky) entraram pela casa dentro com um cão muito grande... e muito chorão...e ainda por cima com uma grande mancha rosa á volta do pescoço! Pensei que era punk! Ao principio confesso que fiquei assustado, até o Sharky ficou sem reacção... ficámos os dois a olhar um para outro sem saber o que se estava a passar e principalmente quem era aquele cão que os meus donos estavam a dar banho, com os meus champôs, com a minha colónia... a minha toalha! Após nos apresentarem continuei apreensivo mas por outro lado cheio de compaixão pois percebi que aquele cãozarrão afinal ainda era cachorro mas pior, tinha um dói-dói muito grande numa patinha, patona...Quando nos fomos deitar, após ele adormecer no cobertor ao lado da cama dos meus donos, é que a minha dona me contou a sua história.

Chamava-se Max e os meus donos foram buscá-lo porque o seu dono que era muito mau, quando ele se feriu na patinha, patona... em vez de o levar ao veterinário para fazer um curativo, fez a crueldade de o levar para um canil para ser abatido! Que horror! Fiquei chocado! Como é possível tamanha atrocidade! Traído e abandonado pelo próprio dono! E ainda cachorro!! A sorte foi uma senhora chamada Margarida que tal qual anjo o salvou daquela terrível sentença!! Tirou-o do canil e levou-o para um descampado onde o foi tratando e alimentando na esperança de lhe arranjar uns bons donos... Foi aí que a Mena, a madrinha do meu primo Sharky, soube através da Internet da história do Max e que com a ajuda da minha menina convenceram os meus donos a adoptarem o Max! Foi quando a minha dona me explicou que tinha ganho um irmão adoptivo e que de ali para adiante ele ia passar-se a chamar Rex!
De manhã quando os meus donos vieram com ele do vet, ele já trazia a pata ligada, afinal era uma ferida muito profunda, tinha a pata por dentro, toda infectada até á articulação... mais tarde descobrimos que também tinha uma marca de uma ferida também muito grande na outra pata e que não tinha a almofada central em nenhuma das suas patas, nem quero pensar em como aquilo lhe aconteceu... O tratamento foi longo e por vezes desesperante pois quando a ferida parecia sarada voltava a abrir noutro lado. Tive tanta pena dele, tinha de fazer pensos de três em três dias.

Como é um assunto muito triste e delicado, nós não falamos com o Rex sobre o seu outro dono mas desconfiamos que ele devia viver nalguma quinta pois os seus brinquedos favoritos são um pinto e um pato e fica histérico de contente quando vê ovos!
Agora finalmente ele já está completamente curado, ás vezes ainda coxeia mas eu acho que é fita dele para conseguir aquilo que quer pois a ferida sarou toda e ele na praia ou quando anda a brincar comigo a correr que nem louco nem se lembra de andar de pata levantada! É muito desarrumado e trapalhão… e muito bruto… nem sei como ainda não desloquei nenhum osso dos encontrões que ele me dá! Adora roer tapetes e já perdi a conta aos sapatos dos meus donos que ele já destruiu! Mas conquistou todos cá em casa com a rapidez de uma estrela cadente! Eu confesso que ás vezes fico cansado, pois já não tenho a sua idade, e que ás vezes me arrelio quando quero dormir e ele não deixa, dando-me puxões na poupa e na ponta da minha cauda mas também confesso que já não passo um segundo sem o meu irmão! Acho piada ás suas travessuras constantes e personalidade irreverente, imaginem que no outro dia fomos dar com ele dentro da banheira a chorar para o chuveiro! E já não é a primeira vez que salta para dentro da banheira quando a minha dona tá a tomar banho e quando eu tomo banho e ele não, faz uma fita que a minha dona tem de lhe secar o pelo seco com o secador e escová-lo tal qual me tratou a mim!
O meu primo Sharky é que nunca mais cá voltou, pois apesar da sua fraca figura tem a mania que é pit bull e tentava fazer com o Rex aquilo que fazia comigo... mas agora também já não preciso dele para nada, pois tenho o meu irmão cãozarrão que brinca comigo e me defende de tudo e todos!
Por isso meus amigos caninos, oiçam bem o meu conselho, peçam ás vossas donas mamãs para vos dar um irmão adoptivo que é a melhor coisa que vos pode acontecer!!! Um ou mais, pois a amizade canina é da mais fiel que existe!
Muito obrigado a todos por terem posto o Rex na minha vida!
Muitas lambidelas e rabinhos a abanar!
Indy

 
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