HAPPY DOG - HAPPY CAT

Um dia, largaram as correntes, abriram as suas asas, e voaram.... para um novo Mundo, para uma nova Vida... Que sejam agora felizes, que o tempo apague depressinha as memórias dos canis e da rua, onde um dia foram abandonados à sua triste sorte.

Thursday, April 27, 2006

O Maestro que afinal era uma Maestra :) - Jenny


Era uma vez um cãozinho que tinha um ar completamente "desvairado" e a quem resolvemos dar o nome de Maestro. Era um cão lindissimo e bastante fora do vulgar, de uma beleza extraordinária que nos fez pensar que rapidamente iria ser adoptado. Tinha sido abandonado no Canil Municipal de Almada em Novembro de 2005.
Eis aqui o apelo dele:
"Eu sou o Maestro e estou num canil municipal. Já sou adulto, mas um adulto a atirar para o jovem. E com este ar tão engraçado..... Ahhh pois é! foram as minhas amigas que acharam que eu tinha este ar de maestro maluco, que me puseram este nome. Mas o meu verdadeiro nome, não sei, se algum dia o tive já o esqueci. No dia em que fui abandonado e vim parar aqui ao canil. Estou aqui, mas estou triste. Sinto-me desamparado e sinto-me traido, neste mundo cão (agora no verdadeiro sentido da palavra) onde as pessoas acham que somos apenas uns meros objectos e que tão depressa se usam como se deitam fora. Por muito que tente entender, não consigo. Se tinha um lar, se fui amigo de alguém, porque é que estou aqui agora? Que fiz eu para estar aqui? Estas são as minhas perguntas sem resposta. As minhas amigas bem me tentam animar e dizer-me que em breve vou encontrar alguém que me respeite de verdade. Que me vai levar para um novo lar, onde viverei feliz e quentinho, onde o inverno apenas se verá por detrás duma janela. Serás tu, que me vens buscar? "
Infelizmente, ao contrário do que pensávamos, os dias iam passando e ninguém se interessava por ele, todos o achavam bonito, mas donos...? onde estavam eles? Passou um mês, o Natal a chegar, e este menino continuava no canil, a definhar dia após dia. Se todas as adopções são urgentes nos canis, passado tanto tempo este menino estava mesmo a ficar com a corda ao pescoço, e nós com o coração apertado por não o podermos salvar.
Até que um dia, já mesmo no final do ano, recebo um telefonema de uns senhores que queriam adoptar outro cãozinho do mesmo canil municipal, o Ravel. Tive de dar-lhes a triste noticia de que o Ravel já tinha ido para o céu dos canitos. Mas, como nunca se deve perder a hipótese de uma boa adopção, assim como não quer a coisa mostrei as fotos do Maestro dada a sua adopção ser super, hiper urgente. O seu destino tinha data marcada. Apesar de ele não ser o cãozinho que eles tinham na ideia, resolveram salvar o menino e ir até ao canil municipal antes que fosse tarde demais.
Ao chegarem ao canil, deparam-se com um cão feio e todo maltratado, cheio de peladas e já no terminus das suas forças, fizeram a adopção, meteram-no no carro e ala que se faz tarde. Pelo caminho, falam comigo ao telefone, e é então que fico a saber: O Maestro era afinal uma "Maestra". Eh eh! Foi ao fazerem-lhe algumas festinhas que descobriram que faltava ali "qualquer coisa". No dia 2 de Janeiro de 2006, começou a nova vida do "Maestro". O nosso Muito Obrigado ao Sr. José S., à sua esposa e ao seu filho por terem dado esta oportunidade a esta linda menina, que hoje, é feliz como nunca tinha sido na vida.
Segue de seguida o relato dos donos.
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Tudo começou no dia 28 de Dezembro, pois nesse dia morreu inesperadamente o nosso cãozinho. Ficamos desolados e decidimos arranjar outro o mais depressa possível. De preferência idêntico ao que tinhamos acabado de perder.Soubemos que num Canil Municipal se encontrava o Ravel, um cão muito parecido com o nosso. Telefonamos imediatamente para o número de contacto e disseram-nos que ele tinha sido abatido poucos dias antes. Ficamos ainda mais tristes.Soubemos, no entanto, que havia um outro cãozinho, o Maestro, cuja vida estava também por um fio. Não era nada parecido com o nosso, mas decidimos dar-lhe uma chance.Fomos buscá-lo no dia 2 de Janeiro. Mas, quando lá chegamos, não o reconhecemos. Deparamos com um animal muito medroso, cheio de feridas e de peladas. Coçava-se sem parar. E .... era uma cadela. Apesar de tudo, o senhor do Canil garantiu-nos que era o Maestro. O pobre animal estava tão assustado que nem conseguia andar. Tivemos que o levar ao colo, apesar de cheirar muito mal e estar tão sujo, que quase nem se sabia de que cor era.

Mas o melhor, será pôr o próprio Maestro(a) a contar a história dele:Olá, eu sou a Jenny, tenho 1 aninho e quero contar-vos a minha história:Eu encontrava-me há meses num Canil Municipal. Vi alguns amigos serem adoptados, mas ninguém se interessou por mim. Comecei a ficar com graves problemas de pele e, como se isso não bastasse, apanhei ainda uma otite e uma conjuntivite. Coçava-me sem parar e arrancava o pelo todo. Já tinha perdido todas as esperanças de sair com vida daquele lugar húmido e frio.Um dia apareceram lá uns senhores que fizeram questão de me levar. Senti tanto medo que nem conseguia ficar de pé. Levaram-me ao colo e quando cheguei a casa deles, meteram-me logo dentro da banheira. Foi uma experiência horrível, pois eu nunca tinha tomado banho na minha vida. Depois levaram-me ao veterinário, que ao ver o estado em que eu me encontrava , desconfiou que eu pudesse ter leishmaniose. Por sorte isso não se confirmou.De novo em casa, tive bastantes dificuldades. Eu nunca tinha entrado numa casa antes e não sabia como me comportar. Nem sequer conhecia as coisas mais básicas.Ao princípio roía tudo o que encontrava pela frente. Creio que chegaram a pensar chamar-me "Piranha", em vez de Jenny, por causa dos meus dentinhos perigosos.Também não sabia andar à trela. Só ao fim de 15 dias de treino é que eu consegui dar o meu primeiro passeio à trela. Nem sequer sabia subir ou descer escadas. Foi o filho dos meus donos que me ensinou com muita paciência e carinho.Tinha também o hábito de não fazer as necessidades na rua, para depois utilizar os tapetes e carpetes como casa de banho.Até quando queria correr acabava por tropeçar nas minhas próprias patas. Além disso, não percebia absolutamente nada do que me diziam.Foi mesmo muito complicado. Por sorte, os meus donos sabem que ninguém nasce ensinado e, por isso, tiveram muita paciência comigo. Escusado será dizer, que eu sou uma cadelinha muito esperta e inteligente. Aprendi tudo num instante.Agora, adoro passear à trela. Gosto muito de brincar e correr na praia e atirar-me para dentro de água. E quando tenho a sorte de encontrar lá outros cãezinhos para brincar, nem se fala....Os meus donos levam-me para todo o lado, até de férias, e eu estou muito feliz.Ao fim de cerca de quatro meses aqui em casa, estou curada, vacinada, esterelizada e sei tudo o que uma cadelinha meiguinha, fofinha e bem comportada, precisa saber. Adaptei-me lindamente.Só há um problema que eu ainda não consegui resolver: O medo de pessoas estranhas. Já melhorei bastante, mas ainda não suporto que estranhos me toquem. Escondo-me logo atrás dos meus donos. Sabem, as coisas aqui funcionam um pouco ao contrário. Não sou eu que protejo os meus donos, mas sim, eles que me protegem a mim.Vocês nem fazem ideia da quantidade de brinquedos que eu tenho... E biscoitos?Imaginem que até posso dormir grandes sonecas no meu sítio preferido: o sofá!O que eu mais desejo, é que todos os animais abandonados deste mundo , possam vir a ser tão felizes como eu.
Lambidelas da Jenny

Thursday, April 20, 2006

Rita, Mia, e finalmente Lisa Simpson


Et voilà! Finalmente chegou-me hoje às mãos o primeiro testemunho de um Felino, aliás, de uma Felina. A nossa Rita (?) Mia(?) Lisa é a primeira a vir aqui abrilhantar este espacinho de Histórias Felizes.
Tudo começou quando esta querida menina foi abandonada mas felizmente foi encontrada por uma amiga dos animais. Como a pessoa que a recolheu até já tem muitos, pediu-nos ajuda e lá foi a gatinha para casa da minha mummy. A minha irmã chamava-lhe Rita mas eu sempre do contra dei-lhe o nome de Mia. A pobre da gatinha no meio disto tudo até já andava baralhada com este duplo Bilhete de Identidade, pelo que nunca respondeu a nome nenhum, a não ser ao apelo do barulho da tacinha da ração. Em casa da minha mãe, havia e há ainda, duas lindas cadelinhas, uma delas então tinha por desporto favorito correr atrás da Mia Rita, e a Rita Mia passava o tempo aflita do coração. Por causa disso e a viver apavorada, passou a habitar uma divisão sozinha, no meu antigo quarto, que hoje serve para os hospedes de 4 patas. E apesar de viver num T0 com vista para a varanda, o sonho de muitas gatas, passava os dias sozinha e infeliz por isso decidimos arranjar-lhe um doninho especial que lhe pudesse proporcionar uma vida mais feliz.
Eis o apelo da Mia Rita: "Eu sou a Mia, uma gatinha muito linda e muito meiga, e fui encontrada abandonada na rua. Uma amiga levou-me para sua casa, e por eu ser tão meiguinha e estar tão habituada a humanos, ainda pensou que eu estivesse perdida. Mas ela já viu em tantos sitios, e não há ninguém à minha procura..... Sou ainda jovenzinha e gosto muito de pessoas , de ter companhia, e de brincar mas também sou um pouco medrosa e nesta casa onde estou também há cães e eu tenho muito medo deles, por isso tenho de estar separada numa divisão. A minha amiga anda à procura duma casinha para mim, de alguém que me dê muito carinho, miminhos, amor, e que nunca mais me volte a abandonar. "
Foi tiro e queda. No proprio dia em que coloquei o apelo na internet, passado meia hora apareceu logo um freguês que a queria adoptar. O resto conta ele, o freguês, com o jeitinho que tem para contar histórias deliciosas, e que me encanta diariamente com as suas palavras. Deliciem-se também....
A Rita Mia passou a ter um nome (finalmente... ufff) no dia 1 de Março de 2006.
Obrigada ao Paulo A. e à sua família, Maggie incluida, por terem dado a esta gatinha a oportunidade de ter um Lar e ser Feliz.
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Eu sinceramente ainda não sei bem como tudo aconteceu.
Apesar de ser muito jovem, a memória do que para trás ficou, está tolhida por um nevoeiro mais denso que o do canal da mancha…
Não sei se caí numa ilha como o John Doe, mas é verdade que fui resgatada da rua por uma fã e amiga de felinos.
Confesso até que gostei de ter companhia, embora não tivesse sido esse o meu poiso final… tal como o John Doe, capitulos interessantes se seguiram.
Qual estrela de futebol, fui envolvida numa troca felina, mas eu foi por motivos de saúde e amor às minhas irmãs felinas, não por razões económicas.
Cheguei assim a uma linda casa com novas irmãs e … e…. áh desgraça, óh horror, hó meu rico santinho das arranhadeiras celestiais, eu bem queria explicar o meu terror, mas não há ainda banda sonora que descreva o meu estado… aqueles novos donos… que me estavam a acolher com tanto amor… tinham… tinham… um c… um c… ccccãããã…. Aquela coisa com pelos e 4 patas que não mia…. ladra…. óh pecado mortal e imperdoavel….
Confesso. Temi pela sanidade mental das minhas irmãs felinas que se davam com aquela criatura que saltava e lambia tudo o que era gato.Vergonhoso. Diria mesmo mais…. Vergonhoso. Como podia eu, uma gata tão distinta dar-me com um ccccc … cccãããã… aquela coisa….
Remeti-me à contemplação, à busca da minha essencia enquanto felinus-supremus, na clausura de um quarto.
Eu ainda tentei relacionar-me com as minhas irmãs, mas logo aparecia aquilo… um monstro que queria ser minha amiga….
Nem que ela conseguisse cuspir bolas de pelo, e aprendesse a miar…. Não… isto é trauma de infância de certeza. Não poderá ser superado… as minhas novas donas, que me acolheram com tanto amor, que me chegaram a dar nome (Mia e Rita), perceberam o meu trauma e movidas por maior amor à minha posição felina, que aos seus próprios gostos de terem gatos, preferiram ver-me partir a ver-me enclausurada. Confesso não conhecer muita gente, confesso ainda ser jovem, mas julgo que é sempre bom encontrar alguem que goste tanto de nós que se esteja disposto a sacrificar-se para nos dar uma vida melhor e que até esteja disposto a abdicar de nós.
A mim custou-me muito sair daquele quarto. Era o meu reino. Tinha mimo sempre que era possivel… era bem alimentada… tinha uma janela, que é a bem dizer a 3ª coisa mais importante da vida de um felino, a seguir à Royal Canin e à caixinha de areia…
Mas uma noite estava eu na sala a disponibilizar a minha presença á minha dona… e aparece-me um casal. Foi tão bem recebido por ela, que em sinal da boa educação que ali recebia saí da minha introspecção e cumprimentei-os.
Como a minha dona falava tão amavelmente, e o ambiente estava bom, decidi, agraciar estas visitas com algo mais que a minha presença. É verdade… eu sei… sou um coração mole…. Assim…. passei a noite ao colo daquele que hoje escreve estas linhas que eu vou ditando. Mal sabia eu, que logo ali estava a nascer uma relação que ainda hoje permanece.
Confesso que gostei logo deles. Percebi imediatamente que eram humanos já educados por gatos. Tinham cheiro de gata pela roupa, que logo tratei de os ajudar a manter, esfregando-me, afinal, eu também sou uma gata carinhosa, e gosto que as pessoas levem algo de mim.
Ouvi uma história maravilhosa de uma casa grande com sol, e comidinha da boa, com companhia felina…
Mudei. Nessa mesma noite, decidi sair da minha contemplação, ainda havia gente que tinha gatos, sem a presença de cã…. Cã… vocês já perceberam… havia afinal esperança para a espécie humana.
Nessa semana fizeram um check-up que deu negativo a tudo… eu até lhes podia ter dito isso mas como eles não entendem miês suficiente… foi melhor assim… pelo menos sempre sabia se aquele susto com o… com o… (não vale a pena tentar….) me tinha dado alguma travadinha.
No dia em que vieram os resultados, contou-me o meu actual fornecedor de ração que os recebeu de uma voz em manifesta e incontida alegria “Ela está bem, está tudo bem, os resultados estão negativos, estão tão feliz, não imagina o quão feliz ficamos”, contou-me ele numa noite de mimo que parecia que as minhas antigas donas quase choravam de alegria por eu poder vir a ter uma vida refastelada e de mimo… que a bem dizer que era igual à que já tinha, mas desta vez com mais espaço, assim uma espécie de upgrade de área livre.
Não foi com surpresa que voltei a ver aquele fulaninho com cheiro a gata que tinha visitado a minha dona anteriormente. Ele gostou tanto de mim que veio para receber mais mimo… mas a minha dona colocou-me numa transportadora toda bonitinha… mas êh páh… que fixe, vamos dar um passeio… olha a rua…. Olha um carro… olha outra rua… olha… uma casota de humanos…. e cheira a gata… que giro… vou investigar tudo… e investiguei. Cruzei-me algumas vezes à distância com a tal gata autoctene, que não gostou muito de ver o seu reino invadido. Mas fiz-me de super-felina e aguentei o preconceito da minha actual melhor amiga e corredora de vias-rápidas-cozinha-escritório e guarda-redes de elásticos.
Confesso que ao principio, as saudades da minha dona me fizeram passar um tempo de dieta. Foi assim a modos que uma passagem, em que fiz jejum de tudo o que era bom e só comia o indispensável.Passado o meu tempo de lamento e já com a «outra» habituada à minha presença posso dizer que gosto muito de cá estar. Tenho espaço para correr, sol para desfrutar, companhia para os momentos mais felinos, e para os momentos em que nos apetece dar mimo a humanos por serem tão bons dispensadores de ração.
Adoro os armários, principalmente aqueles que tem a roupa passadinha a ferro, adoro correr com a minha mana, adoro a RCindoor27, adoro os tapetes de material arranhavel, os sofás largos e cadeirões solares para descansar, as flores onde armo ciladas à minha mana, atacadores… óh meu santo padroeiro dos atacadores, que tão bem me dispensas as tuas graças no armário do quarto do meio…..e outros brinquedos que os meus actuais protegidos me deram, como sinal de agradecimento e reconhecimento à minha magnânime distribuição de turrinhas às suas pessoas.
Atenciosamente, e muito agradecida a todos os que fizeram parte da minha vida até agora, quero prestar tributo a todos os que se esforçam por nos dar uma vidinha descansada.
Brinhaus a todos e todas vós.
Lisa Simpson.

Wednesday, April 19, 2006

Buondi - Estrela


Foi abandonada no Canil Municipal de Almada em Dezembro de 2005. Démos-lhe o nome de Buondi por ter esta linda côr de café. A Buondi era uma menina muito linda e muito meiga no entanto com ar de rabina e um carácter muito definido.
Eis o apelo que fizemos para ela.
"Eu sou a Buondi, e estou num canil municipal. Já sou adulta, mas é um adulto a atirar para o jovenzito. Eu era uma menina cheia de esperanças e de vontade de viver, conhecer coisas novas, brincar, correr, enfim.... tudo aquilo a que por natureza eu deveria ter direito, mas que infelizmente por ter sido aqui abandonada, deixei de ter. Agora vivo aqui atrás destas grades. Aquela alegria que eu tinha, aos poucos vai-se esfumando, já não sou a mesma menina, agora a tristeza inundou o meu coração. Sinto falta de tudo, e agora está tanto frio, que nem o refúgio dos meus próprios sonhos, me consegue apaziguar. Pensa em mim, que estou aqui, sozinha entre tantos outros, longe do sol de inverno e dos dias felizes. Pensa em mim, e vem-me buscar. Buondi "
Esta menina, como tantos outros, passou o Natal ainda no canil, a esperança era a luz que a guiava, tornou-se forte e nunca se deixou ir aquém das suas forças.
Em Janeiro, ainda no canil, a situação da Buondi começava a tornar-se complicada. Cada dia mais animais a entrar, a Buondi viu-se entre a espada e a parede, a sua vida por um fio.
Graças ao anúncio dela ter saído no Correio da Manhã, um dia recebo um telefonema que me deixou muito feliz. O Senhor Gilberto e a D. Deolinda queriam adoptar a Buondi. Nem a foto viram, mas o apelo tocou-lhes o coração. E quando souberam que a Buondi tinha os dias contados, o seu desejo de a salvar ainda foi maior.
Pedimos uma boleia para trazer a Buondi para Lisboa, que prontamente foi resolvida pelo filho da nossa amiga Isabel , a quem agradecemos. No dia 12 de Janeiro de 2006 ao fim da tarde, a pequena Buondi foi entregue aos seus doninhos.
E foi assim que a Buondi foi viver para Alfeizerão, para uma grande quinta onde já existem outros animais. À D. Deolinda e ao Sr. Gilberto, um grande grande Obrigada em nome da Buondi.
------------------------------------------------------------------------------------------------À saida do canil e através dos papeis deixados pelos antigos donos da Buondi, ficámos a saber que o verdadeiro nome desta menina era Estrela. Agora, quero acreditar que realmente houve sempre uma estrelinha que acompanhou a nossa menina. E que foi essa estrelinha que lhe salvou a vida. Que sejas muito feliz querida Estrelinha.
E aqui fica a mensagem dos donos, recebida hoje por correio:

Tuesday, April 18, 2006

Bianca



Era uma vez uma linda cadelinha que vivia numa Associação chamada Associação SOS dos Animais de Moura. Para quem não conhece esta Associação, basta clicar nos links aqui ao lado, que vale a pena.
Dizia eu, a Bianca era uma bebé de 4 meses que tinha sido resgatada dum acampamento de ciganos e vinha toda maltratada. Com muitos cuidados e com muito Amor, as senhoras da Associação puseram a Bianca toda bonita, e como tal, estaria pronta a arranjar uma casinha, um lar e muitos mimos. Este foi o apelo que nós fizémos para a Bianca:
"Amiguinhos, eu sou a Bianca e estou na Associação SOS dos Animais de Moura. Fui encontrada perto de um acampamento de ciganos toda pelada, com uma grande camada de sarna e completamente assustada por estar sozinha e abandonada à minha própria sorte.
E foi assim que dei entrada na SOS Moura. Fui imediatamente ao veterinário, comecei a fazer os tratamentos e cada dia estou melhor, agora já quase sem peladas e cada vez mais linda.
Eu ainda sou uma bebé, tenho cerca de 4 meses. E sou de patinha curta, o que significa que já não vou crescer muito e serei a amiga ideal para quem procura canitos pequenos para apartamento.
Preciso de muitos miminhos, só assim me poderei restabelecer completamente de tudo aquilo pelo qual já passei, ainda tão pequenina.
Gosto muito de brincar e sou muito meiguinha...... e agora para rimar..... só preciso de uma casinha."
Em Setembro de 2005 uma senhora ligou-me pois tinha andado a ver cãezinhos na internet e ficou completamente apaixonada pela Bianca. No entanto, decidiu apadrinhá-la, enquanto não tomava a decisão final sobre o cãozinho que iria adoptar.
Ahhhh mas a Bianca é que não se ficou... e escreveu uma carta à sua madrinha a agradecer por tudo e a dizer como estava feliz por já ter uma madrinha. (Se quiserem ler a carta é só ir aqui ou lado outra vez, ao Diário da SOS Moura). Aqui para nós, foi esperta a miúda, com o seu charme e a sua conversa, acabou por tocar a fundo o coração da sua madrinha e claro, como já devem estar a prever.... a madrinha da Bianca foi a Moura e decidiu adoptá-la. No dia 15 de Outubro de 2005.
E foi assim que a nossa linda Bianca passou de afilhada a "quase" filha da Lara e ganhou uma irmã chamada Xiquita.
------------------------------------------------------------------------------------------------E agora vou dar a palavra à Lara, a dona, e à Bianca, grande protagonista desta história.

"Conheci a SOS Moura por acaso, depois de uma pesquisa na net, pelos sites de animais, apareceu o site da associação. Andava a ver as fotos quando apareceu a Bianca, e foi amor à primeira vista...
Vi as dificuldades com que estas associações se debatem. Começei por ser madrinha e depois resolvi adoptá-la para fazer companhia à Xiquita que na altura, passava algum tempo sozinha e precisava de uma mana para brincar....
E foi assim, logo que pude fui a Moura ver a Bianca, esperava que fosse de porte pequeno :)
Não era, mas já não havia volta a dar....a alentejanita ia tornar-se alfacinha...
Agora sou madrinha da Charlotte, que confesso que não adopto porque não tenho espaço, infelizmente. (N.A. - podem conhecer a Charlotte aqui ao lado, nos sitios do costume)
"
Lara

"Eu sou a Bianca e tenho 14 meses e vim para Lisboa com 5 meses (calcula-se, pois fui abandonada cheia de sarna e tratada pela SOS Moura) e segundo a minha veterinária sou arraçada de Epagneul Breton. Apesar de ter crescido no monte, sempre fui muito asseada e adaptei-me muito bem em apartamento. A Xiquita (a minha mana de 4 patas) não gostou logo muito da invasão do espaço mas agora somos grandes amigas e brincamos o dia inteiro.
Quando preciso de ir ao WC dou umas dentadinhas à minha dona para a avisar que está na hora do passeio. Gosto de andar de carro, mas tenho de tomar um comprimido para não enjoar muito. Adoro estar à janela e de dormir na cama dos meus donos. Aqui nesta casa tenho uma caminha só para mim, mantinhas, brinquedos e muita comidinha. Só não gosto que a minha dona não me deixe namorar, mas ela diz que posso ter todos os namorados que quiser depois de ser operada. Até lá os namoros estão proibidos. Já fui ver o mar, mas não gostei muito das ondas. Adorei a areia e fartei-me de brincar. Todos dizem que sou muito bonita e até tenho uma coleira cor de rosa para me distinguir dos meninos. Estou muito contente e cá em casa estão felizes comigo
."



Obrigada Lara e felicidades para todos aí em casa

Minie Mix - Shakira

No Canil Municipal de Almada chamavam-lhe Rata. Foi lá deixada por uma senhora com a desculpa de que deitava muito pêlo. Chamámos-lhe Minie Mix, porque era tão pequenita que cabia em qualquer cantinho. Uma menina indefesa, meiguinha mas muito triste, não merecia nada estar ali naquele sítio. Aliás, nenhum animal merece. Este foi o apelo que fizémos para ela, em fins de Fevereiro de 2005:
"Alguém anda à procura de uma cadelinha pequenina para apartamento? Pois aqui estou eu, sou a Minie Mix, uma cadelita já adulta, muito girinha, e tão mini que cabe em qualquer cantinho. Fui abandonada pois a minha dona achava que eu deitava muito pelo....Agora estou aqui enfiada neste sitio triste e não me sinto nada bem... Estou assustada com tantos outros cães, e acho que mereço uma vida melhorzinha...Vens-me buscar?"
Devido ao apelo, esta menina conquistou alguns corações, muitos a queriam adoptar mas nós achámos que esta menina só podia ir para alguém muito especial que tivesse um coração do tamanho do mundo e que a tratasse como uma pequena princesinha. E foi mais uma vez pelas mãos da minha amiga Cláudia que a Minie Mix foi apresentada à sua família actual.
À Susana e à sua linda família, aqui fica um grande Obrigada por terem tornado esta menina tão feliz. Adoptada no dia 1 de Março de 2005.
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Quando foram buscar a menina ao canil, ficaram a saber que o verdadeiro nome desta menina era Shakira. E assim ficou......SHAKIRA , uma linda cadelinha, hoje muito feliz, que até teve direito a uma festa de aniversário e tudo. As fotos valem por si :)




Olá…. eu sou a Shakira….
Antes de ser adoptada era conhecida no canil e nas associações por Minie Mix….. mas não tenho saudades nenhumas desses tempos onde a comida era escassa, o frio era muito e nem tão pouco sabia o que era um carinho !!!
Mas a minha vida mudou graças à minha dona que me adoptou e deu-me o conforto de um lar. E se eu antes era apenas uma cadelinha rafeira agora até dizem que pertenço à raça dos Podengos de Pelo Cerdoso tamanho anão e imaginem que até sou convidada para ir à caça.......
Agora sou uma cadelinha feliz e sei que também dou mais alegria aos dias da minha família quando brinco à bola com os meus donos, quando arrumo os chinelos e sapatos que eles deixam pela casa, quando de manha acordo a menina que não quer ir para a escola, quando proporciono a todos dar uma caminhada até ao parque, e também quando alerto os meus donos com o meu sentido apurado quando algo de mau se aproxima.
Fez 1 ano que estou nesta casa e a minha família fez-me uma festa de aniversário surpresa….o que mais gostei foi o bolo de aniversário que como ninguém quis provar deliciei-me até ao fim……
Ás vezes ainda penso nos amigos que deixei no canil e que gostava que tivessem tido a mesma oportunidade que eu, gostava de poder dizer a todas as pessoas que um cão é um amigo com quem sempre podemos contar, sempre alegre e bem disposto e pronto para a brincadeira.
Um dia destes façam uma visita aos meus amigos que deixei e verão que não se arrependem.
Para todos uma grande lambidela da
Shakira !!!

Monday, April 17, 2006

O lindo Ursinho

Em meados de Janeiro de 2006, eu e a Susana decidimos ir ao Canil Municipal de Torres Vedras tirar fotografias aos cerca de 400 animais que lá estavam para adopção. Ao fazer a nossa ronda pelas boxes, de máquina em punho, deparámo-nos com este lindo focinhito a olhar para nós, a pedir uma oportunidade. A carinha dele, aquele olhar, ficou marcado no nosso coração e nesse dia tivémos a certeza que facilmente este lindo ursinho iria ter dono.
E não estávamos engananadas.... este lindo menino teve dezenas de telefonemas, que continuaram, mesmo após ele ter sido adoptado.
A carinha dele ainda figura em placards de adopção, tornou-se uma espécie de top model em representação de muitos outros cãezinhos abandonados que desesperam por um lar, muitos que ainda não tiveram a sorte que o nosso Ursinho teve. No dia 4 de Fevereiro, foi adoptado pela Sandra e a sua família, hoje está feliz e é muito mimado.
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O Ursinho, que é muito letrado, quis vir aqui contar a sua história:

Olá a todos!
Eu sou o Ursinho e tenho uma história para contar:
Era uma vez um cãozinho pequenino que andava perdido pelas ruas de uma cidade deste nosso Portugal. Um dia veio a carrinha da Câmara Municipal e apanhou-o e levou-o para o canil.
Certo dia, umas amigas dos animais, foram ao canil tirar fotos dos "adoptáveis" para tentar arranjar-lhes uma casa, e assim a foto do cãozinho abandonado foi para à net.
Entretanto andava uma senhora à procura de um cão para ir brincar com o seu enérgico filho, quando viu o pedido de adopção do dito cãozinho. Imprimiu-a e levou-a para casa. Mostrou-a à sua família e decidiram que aquele cão seria deles.
No dia seguinte, a senhora ligou para o contacto do anúncio e falou com a amiga dos animais e combinaram para um sábado a ida ao canil.
Na manhã fria e cinzenta de sábado dia 4 de Fevereiro de 2006, que se tornou o dia mais solarengo e brilhante da vida do cãozinho, a senhora e a família foram ao canil e trouxeram o cãozinho da foto para casa. Mas o cãozinho cheirava tão mal, mas tão mal, que tiveram que fazer a viagem de vidro aberto e ultrapassar (um pouquinho) o limite de velocidade.
Chegado à sua nova casa o cãozinho foi cheirar tudo e de seguida foi para a banheira, e tomou banho, e tomou banho e voltou a tomar banho, mas o cheiro não saia…
Então foi levado à barbeira, onde teve tratamento VIP, com direito a perfume de coco e desinfectante para as feridas.
E desde então lá anda feliz e contente com a sua nova família. Ainda está em fase de adaptação, não é de grandes maroteiras, mas naquela casa nunca mais nenhum chinelo e nenhuma meia estiveram a salvo, assim como a sua cama e as bolas que já destruiu.
Tem uma tia que o adora e que o leva a passear durante o dia e de manhã e à noite vai com a mãe, com o pai e com o irmão.
Aos fins de semana, dão grandes passeios na praia e no parque infantil onde recebe sempre muitas festas dos meninos.
Gosta de toda a família e especialmente da mãe que não larga um segundo, anda sempre atrás dela e gosta muito de dormir em cima dos pés dela.
O cãozinho desta história sou eu e estou muito feliz e isso vê-se nas fotografias que a mãe me tira, notem a diferença no meu olhar ANTES & DEPOIS.
E mais, até fez um poema. Espero que gostem, eu cá estou super feliz com as notícias do Ursinho.

Eu sou o cão Ursinho
E venho aqui contar
Como com muito carinho
A mãe me foi buscar
Andava a mãe a ver
Uns cães para adoptar
E aquele que havia de ter
Estava ainda para dar
Fui muito contente
Para uma casa quentinha
Longe daquele lugar deprimente
E para uma mãe só minha
Á chegada fui logo tratado
Pois estava muito mal
Tinha o pêlo todo colado
E o cheiro era irreal
Fui então à tosquia
Fiquei muito lindão
O cheiro já não se sentia
Tornei-me num belo cão
Desde então sou feliz
Uma mãe que me adora
Sou o cão que sempre quis
E nunca mais se vai embora

Friday, April 14, 2006

Bobby Dominó


Este menino estava no canil municipal depois da câmara ter sido chamada para recolher um pit bull "muito mau" que tinha mordido em alguém.
É que tem mesmo cara de mau não tem?
Ui Ui, afastem-se todos!
Ainda não tinhamos feito apelo para ele, pois normalmente tentamos divulgar estas raças tão "procuradas" apenas por amigos e conhecidos. É que se fizesse um anúncio já não me largavam a porta.
A Rita contactou-me pois queria ser FAT de uma cadelinha do canil municipal. Só que essa menina infelizmente morreu no canil, mas a Rita foi lá na mesma com esperança de poder acolher outra. Foi com uma amiga, a Cláudia, e conforme espreitavam para as boxs dos cães, este menino espreitava para elas. "Olá, já me viram? eu sou muito giro, cucu, estou aqui!" Escusado será dizer, que se renderam aos seus encantos e trouxeram este lindo com elas. Era tão mau mas tão mau, que de residente em família temporária passou a residente oficial. Adoptado no dia 11 de Fevereiro de 2006.
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A Rita quis deixar aqui umas palavrinhas:
"Através de um e-mail para ajudar a salvar uma cadelinha que estava no canil, preparei-me para ser uma Familia de Acolhimento Temporário. Na véspera de ir ao canil fiquei a saber que ela tinha sido abatida. Mas já com o "bichinho" de ajudar um bichinho fui à mesma no dia seguinte ao canil de Almada. Cheguei lá e deparei-me com a difícil tarefa de escolher um, pois eles TODOS precisam de ajuda e são TODOS giros à sua maneira. No entanto, havia um que não parava de me seguir com os olhos e tinha um ar muito atento. Apesar de pertencer às ditas "raças perigosas" tinha um ar amoroso e o senhor que o tratava no canil também disse que ele era muito meigo.

Trouxe-o então comigo. Levei-o logo ao veterinário. Fiquei a saber que ele devia ter à volta de um ano e meio e que estava muito necessitado de cálcio, pois tinha os dedos das patinhas separados. Também lhe deram logo uma banhoca, pois cheirava muito mal.

Quando chegou a minha casa passou quase o dia inteiro a dormir, parecia que há muito tempo não sentia um espaço quentinho para estar. E aos poucos foi aprendendo a fazer as necessidades na rua.

Passados uns 2 dias já estava completamente apaixonada por ele, ele é muito meigo e querido, quando chego a casa faz uma festa!!!.... fica numa alegria!!!....agora era impossível separar-me dele, já faz parte da minha vida.

Rita Nunes
"

Ruscas - Rusco


Demos-lhe o nome de Ruscas. Era um canichito triste que foi abandonado no canil municipal. Por duas vezes, e na segunda com a simples justificação de que roia. Aqueles olhinhos não enganam ninguém. Pequenino, novinho, uma ternura de cão.
Este foi o apelo que fizemos:
"Eu sou o Ruscas e estou num canil municipal.
Sou um menino ainda jovem e muito querido mas que não tem tido sorte nenhuma na sua vida.
Ainda tão jovem, e já fui deixado no canil municipal duas vezes. Duas!
Da primeira fui deixado nem sei eu bem porquê, e fiquei logo assustado pois nunca tinha estado num sítio como este. Fartei-me de implorar ao meu dono para me levar de volta mas ele fez orelhas moucas e nem ligou. E assim fiquei, durantes poucos dias, e tive sorte (pensei eu de que) porque rapidamente apareceu um novo dono.
E lá fui eu para a minha nova casa, pensando que finalmente iria ter um Lar definitivo. Acontece que nós quando somos pequenos gostamos de brincar, e por vezes fazemos assim umas asneiras, mas as pessoas é que têm que nos ensinar, porque infelizmente não nascemos ensinados.
Segundo disseram, acho que roí qualquer coisa..... e pronto, lá vim parar outra vez ao canil :(
E agora aqui estou. E não gosto nada. Está muito frio e para além disso sinto-me cada dia mais sozinho e tristinho.E ainda sou tão novinho..... quando é que será que finalmente vou ter direito à minha felicidade?
Venham cá ver-me e adoptar-me, eu ficarei muito muito agradecido, mas não se esqueçam, eu ainda sou jovenzito, e por isso têm de me ensinar e acreditar que tudo nesta vida se muda, quando o amor é verdadeiro."
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Entre dezenas de telefonemas para o Ruscas (e sim, ainda hoje me telefonam!) o Ruscas foi adoptado pela Cristina em Janeiro de 2006. E agora quis vir aqui contar a sua história.

Olá…
Eu sou o Rusco…Tenho mais ou menos dez meses e a minha curta vida não tem sido nada fácil…Fui abandonado duas vezes...lá fui eu parar àquele lugar frio e escuro a que chamam canil…Tive lá mais ou menos uma semana…vá lá…dizem que dentro do azar eu até tive sorte…
Um dia sem eu perceber porquê, os tratadores soltaram-me dentro do recinto do canil…eu pensei que era só para correr um bocadinho, mas estava enganado…De repente vi alguém chegar e brincar logo comigo…corri, brinquei pois sentia falta disso…Esse alguém esteve pouco tempo...assinou um papel e acabou a visita…Veio embora…mas eu vim também… Eu estava todo sujinho…sou branco mas naquele momento estava castanho e muito magrinho, mas mesmo assim a minha dona (agora era verdade…as minhas orações tinham sido ouvidas, e eu tinha uma dona…) pegou em mim e levou-me ao colo…dormi todo o caminho…E finalmente cheguei à minha casa nova…
Quando cheguei fui directamente para a banheira e tomei um belo banho com água quentinha…eu nem me mexi….quando acabou…eu estava outra vez branco…corri de um lado para o outro mais feliz que nunca…pois sentia que a partir desse dia a minha vida iria mudar…
Pois é…e aqui estou eu…contínuo dorminhoco, feliz e brincalhão…adoro brincar…Ainda hoje quando vou à rua ou quando ando de carro tremo de medo... mas aos poucos a minha dona vai conseguindo que os meus medos desapareçam...A minha dona leva-me muitas vezes à rua…e eu adoro…só não posso perdê-la de vista…Hoje sei que tive muita sorte em vir aqui para casa…pois não me tratam como um bicho, sou na verdade, o mais recente membro da família… E tenho tudo a que tenho direito: uma caminha, os meus brinquedos, a minha trela…e tenho também direito ao mais importante…atenção, carinho, dedicação e amor da parte da minha dona e de toda a restante família…Eles dizem que vim alegrar a vida deles…e eles…vieram alegrar a minha vida…
Lambidelas do,
Rusco…

HAPPY DOG - HAPPY CAT

Eles foram abandonados, eles estiveram na rua e em canis municipais, eles estiveram no corredor da morte, eles sofreram a perda de "um dono", eles viveram dias de terror presos por correntes ou atrás de grades frias, eles já não tinham mais lágrimas para chorar, eles viviam na ânsia de que alguém entrasse por aquela porta e lhes dissesse com carinho "és tu", mas eles também viviam apavorados sem saber se eram o próximo, eles sentiam como nós, eles não mereciam nada disto. Eles pediram tanto...
E porque nem tudo é mau, por vezes há animais que têm sorte. Eles conseguiram.
Happy Dog - Happy Cat chegou para contar histórias felizes.
Hoje, nas suas caminhas quentinhas e afagados por uma mão serena, estes animais, dormem descansados. Das histórias que o tempo sabe, eles ainda recordam, mas Hoje, eles não têm medo.
Dá gosto sabê-los assim, livres das correntes mas presos a uma Vida. FELIZES.
Obrigada a todas as pessoas que lhes puderam proporcionar esta mudança.
A maior recompensa será certamente o carinho, a fidelidade e o amor incondicional do seu animal.
AnaC
 
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